segunda-feira, 5 de novembro de 2012

apenas para registrar o que pensei na data.

Hoje, no dia do professor, cá estou, a caminho do término do curso de pedagogia, pensando no que quero. 
"O que eu quero?" Sinceramente, não sei. Mesmo tão perto do universo dos professores, eu não sei.. Mas, eu sei o que eu NÃO quero: Não quero dar continuidade ao mecanicismo. Não quero ser responsável por acomodar pessoas. 
E, pensando nisso, chego à ideia de que o professor deve(ria) incomodar.

Falo isso pensando que todo mundo sabe o que é incomodar.
Sabe quando você era aluno e o professor dizia uma frase que ficava ecoando na sua mente por mais de uma semana enquanto você tomava banho, jantava ou caminhava pela rua? É isso.
Ser professor, pra mim, implica em plantar sementes que vão perseguir seus alunos pelo resto da vida; Plantar sementes que se enraízam de tal maneira que você quer distribui-las "aos seus". Sementes que vão estar em bocas velhas e enrugadas dizendo aos que estão por iniciar a trajetória da vida:

- quando eu tinha a sua idade ouvi, vi, vivi "blablabla bla bla...........................", e eu preciso que você saiba disso.

Acho que ser professor é marcar vidas (quer queiram ou não).
Não sei se serei professora. Mas, hoje, no dia dos professores, quero dizer aos meus professores de verdade (os que encontrei dentro ou fora da escola - e, aos que estão lendo, espero sinceramente que se reconheçam aqui): MUITO OBRIGADA por terem incomodado!!!
Sendo parte da equipe ou não, tenho sementes que sempre imploram por aflorar noutros peitos férteis. É por isso que vivo soprando um pouco de VOCÊS por aí! Muito, muito obrigada mesmo por terem me incomodado nesse nível!

um causo.

Esses dias, enquanto eu tentava falar com uma amigona minha percebi que ela estava "viajando". Mais tarde, vim a saber o motivo: ela estava escutando uma conversa paralela. Nessa conversa, ela ouviu alguma voz dizer que o pessoal da Faculdade X (pra evitar polêmicas) não tem "senso crítico". E aí eu fiquei pensando, né? Claro.
Desde que eu pus os pés na faculdade, até agora, é impressionante o qua
nto eu vejo as pessoas d i s puta r e m por "suas bandeiras".
O povo da faculdade A é maconheiro, da faculdade B é várzea, do curso C é coxa, do curso D é esnobe, do curso E é inocente, da faculdade X não tem senso crítico. Nossa.. que maçante, hein?
Eu tenho ctz que por trás de todas essas rotulações há exceções porque, graças ao meu desprendimento a algumas "coisinhas", fui capaz de conhecê-las.
Por sorte ou não, gosto de saber o que as pessoas pensam antes de saber suas origens. Graças a todos os níveis na "escala do senso crítico" eu reforço alguns ideais, e modifico outros.
Acho que já passou do tempo pra gente procurar saber o que as pessoas carregam consigo antes de ver as roupas, de saber de qual faculdade vieram e cia. Nossas escolhas dizem muito a nosso respeito, mas não dizem tudo. E, aceitem ou não, TODOS nós vacilamos ao longo da vida. Que ótimo poder mudar de ideia, poder melhorar (ou não).
Eu prefiro alguém que se preocupe com o outro do que alguém com senso crítico demais a ponto de não poder estar perto dos "ignorantes" demais. Aliás, por falar em "ignorância"............