quinta-feira, 21 de abril de 2011

se você disser que eu desafino, amor...

estava relendo minhas duas únicas publicações... li a última frase registrada "viro bicho", e ri...
vou, literalmente, virar bicho amanhã na Academia Ponto da Dança, com a coreografia "fauna africana". Como isso é BOM!
o mais legal é que são 3h da manhã e estou aqui, completamente à toa!!!! Mas, curiosamente, estou tão bem neste minuto que não resisti à escrita.
Também estou pensando em muitas coisas, no entanto, em respeito a esse bem-estar, vou deitar.. fechar os olhos e tentar conservar isso enquanto a razão brinca de cobra-cega.
Àquele abraço!

" o que você não sabe, nem sequer pressente.. é que os desafinados também têm um coração... "

quinta-feira, 7 de abril de 2011

frangalho.

 Dizem que a adolescência é a melhor fase da vida. Pode até ser que seja, mas só pode dizê-lo quem já tem os cabelinhos de algodão ou tentam escondê-los nas tintas, ou ainda os que já se libertaram desse acessório natural. Óbvio, né? Falar sobre algo que não se conhece é brincar de vento... é soprar palavras que se perdem. 
 De qualquer forma, se a adolescência é ou não a melhor fase da vida, eu procuro fazê-la melhor. O problema é que, no meio dessa frase há um "MAS" gigante que nunca adormece. Penso nunca ter vivido tantas transformações ao mesmo tempo. É um misto de responsabilidade e liberdade impensável. Aliás, as responsabilidades são o freio da liberdade, estão quase o tempo todo no comando. Como tem sido difícil estar nessa nau e não poder escolher as direções conforme a vontade. Sempre dei tanta importância ao contato com os "meus" que, hoje, quando me vejo como integrante da selva social, sinto uma vontade imensa de chorar. Sinto falta das pessoas por perto, mas, mais do que isso, sinto falta do mimo que sempre fiz a elas. Eu gosto de cuidar. 
 Além disso tudo, eu sou amante fiel da natureza. 
 Como dói olhar só para os tijolos duros, os portões de madeira, as grades de ferro, para os postes e a imensa poluição visual de propagandas. Dói ouvir buzina, a música do outro. Às vezes, dói ouvir o som do teclado... Eu quero respirar o verde puro (por mais impuro que esteja ficando). Quero sentir o ar voltar, ouvir as folhas balançarem, sentar-me embaixo de uma sombra úmida, ouvir os pássaros e som da água no edifício de Deus... Ai, que falta eu sinto de ser mais humana. 
 Ser adolescente, às vezes, também cansa. 
 Não to cansada de ser eu, mas enjoada de usar as expressão social. Fazer aquilo que se gosta, e estudar (muito) para saber como fazê-lo de verdade tem seu preço. Não sou pessimista e sei que nada disso é em vão, mas que esgota, esgota. Virar adulto não poder tão chato assim. Como eu ainda não tenho rugas, nem minhas próprias contas pra pagar... sou a filha dos meus pais; e embora virar adulto esteja cansando, eu quero me bancar, bancar meus pais e brincar de inverter os papéis. PERAÍ: não completamente... Hoje, adolescente, admiro a infância, sua naturalidade e espontaneidade - antes de serem corrompidas pela selva social! Sempre que dá eu tento "escapar". Como o faço? Bebo a melhor água da alma, bebo arte: danço, desenho, escrevo, leio, ouço música, ouço, observo, vejo, toco... 
"viro bicho".

câmbio, chamando.

*talvez o blog vingue... rs

Decidi iniciar um diário, mas não um diário qualquer... Optei por escrever apenas quando estiver cheia de sentimentos, ao ponto de a emoção ser tamanha e eu precisar deixá-la escorrer em palavras. Por isso, sem nenhum tipo de malandragem (ou com todo tipo.. vai depender!), será como um auto-retrato. Às vezes, será bem abstrato, porque eu adoro isso, mas vou deixar escorrer o quanto puder de mim... (11/12/2010 - 01/01/2011)
(30/01/2011)
São tantas as vezes que idealizo coisas pra mim e, ao fazer isso, percebo que crio uma espécie de distância íntima. É como se eu estivesse me adiando de mim mesma: uma parte de mim quer terminar de ler o livro das férias passadas, ler outros dois, dançar, entregar os presentes que estão acumulando pó... essa metade quer dormir só um pouco depois da meia-noite e acordar cedo pra conversar mais com a mãe divertidíssima e o pai cheio de aconchego espiritual, quer caminhar, dançar! Mas.. a outra metade é quase um buraco negro de tanto que suga. Essa metade é preguiçosa, quer dormir quando o sol está dando o melhor de si nas cores do céu, quer dormir até tarde e, ao acordar, terminar de "tirar a inhaca" no sofá. Essa metade é aniquiladora e tão sorrateira que, rememorando Mário Quintana "QUANDO SE VÊ, JÁ SÃO SEIS HORAS! ". E, de fato, faltam trinta minutos para as seis horas. Não posso dizer que "amanhã" vai ser diferente porque estou cansada de me trair, mas eu quero muito tentar. Escrever isso já foi um grande passo! Não vou poder repetir esta luta interna também com as palavras... não com elas!